Situado entre leis físicas inelutáveis, no campo de
evolução na Terra, maneira do aluno, entre as paredes e regimes do
educandário, o homem dispõe do livre arbítrio na esfera das leis morais
que lhe presidem o desenvolvimento e a ascensão para a imortalidade.
Justo, portanto, seja defrontado por todos os débitos
em que se onerou perante a vida, porque, de outro modo, não conseguiria
crescer para a luz a que esta reservado.
Não poderá, por isso, desvencilhar-se dos compromissos
que plasmou para si mesmo, razão pela qual, se desperto para a verdade,
ser-lhe-á o bem de todos a meta de cada dia, a fim de que por
testemunhos incessantes de boa vontade e amor, se desagrave na Lei,
quanto às aflições que lhe estão debitadas pela própria conduta no
pretérito, que lhe comanda o presente.
Compreendendo que o destino amargo de hoje foi por ele
mesmo criado, com o livre arbítrio de ontem, constitui-lhe dever atenuar
quanto possível às próprias contas para que se lhe solucionem os
problemas sem maiores inquietações.
Chegados à semelhante conclusão, e natural tudo façamos
para que a preservação digna nos favoreça contra o assalto do crime,
mesmo porque a Excelsa Providencia concedendo A criatura humana o
benefício do lar, fê-lo de modo a resguardá-la com a eficiência devida,
inspirando-lhe meios para defender-se de malfeitores, tanto quanto lhe
sugere o agasalho contra a intempérie.
Em razão disso, o próprio Cristo não nos exortou em vão
à própria segurança, quando nos traçou o imperativo da vigilância e da
oração.
Cumpridos por nós tais deveres, com a execução das
obrigações outras que nos quitem a consciência no plano do respeito
recíproco e da caridade infatigável para com o próximo, estejamos
seguros na fortaleza de nossa fé, prontos a receber quaisquer golpes que
nos sejam desferidos na estrada regeneradora, porque, então, diante da
paz de nossas almas, toda sorte de infortúnio que nos acometa a
existência terrena representara imprescindível resgate das culpas que
contrairmos, cabendo-nos confiar as nossas decisões e situações ao
julgamento justo de Deus, porquanto, para nos o regulamento da Lei
Divina é claro e insofismável em nos preceituando: Não Matarás.
Pelo Espírito EmmanuelXAVIER, Francisco Cândido. Fonte de Paz. Espíritos Diversos. IDE. Capítulo 9.
* * * Estude Kardec * * *
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