No mecanismo das realizações diárias, não épossível
esquecer a criatura aquela expressão de confiança em si mesma, e que
deve manter na esfera das obrigações que tem de cumprir à face de Deus.
Os que vivem na certeza das promessas divinas são os que
guardam a fé no poder relativo que lhes foi confiado e, aumentando-o
pelo próprio esforço, prosseguem nas edificações definitivas, com vistas
à eternidade.
Os que, no entanto, permanecem desalentados quanto às
suas possibilidades, esperando em promessas humanas, dão a idéia de
fragmentos de cortiça, sem finalidade própria, ao sabor das águas, sem
roteiro e sem ancoradouro.
Naturalmente, ninguém poderá viver na Terra sem confiar
em alguém de seu círculo mais próximo; mas, a afeição, o laço amigo, o
calor das dedicações elevadas não podem excluir a confiança em si mesmo,
diante do Criador.
Na esfera de cada criatura, Deus pode tudo; não
dispensa, porém, a cooperação, a vontade e a confiança do filho para
realizar. Um pai que fizesse, mecanicamente, o quadro de felicidades dos
seus descendentes, exterminaria, em cada um, as faculdades mais
brilhantes.
Por que te manterás indeciso, se o Senhor te conferiu
este ou aquele trabalho justo? Faze-o retamente, porque se Deus tem
confiança em ti para alguma coisa, deves confiar em ti mesmo, diante
dEle.
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 14.
* * * Estude Kardec * * *
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