Em todos os agrupamentos humanos, palpita a preocupação
de ganhar. O espírito de lucro alcança os setores mais singelos.
Meninos, mal saídos da primeira infância, mostram-se interessados em
amontoar egoisticamente alguma coisa. A atualidade conta com mães
numerosas que abandonam seu lar a desconhecidos, durante muitas horas do
dia, a fim de experimentarem a mina lucrativa. Nesse sentido, a maioria
das criaturas converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.
Por trás do sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade aguarda o homem e interroga:
- Que trouxeste?
O infeliz responderá que reuniu vantagens materiais, que se esforçou por assegurar a posição tranqüila de si mesmo e dos seus.
Examinada, põrém, a bagagem, verifica-se, quase sempre,
que as vitórias são derrotas fragorosas. Não constituem valores da alma,
nem trazem o selo dos bens eternos.
Atingida semelhante equação, o viajor olha para trás e
sente frio. Prende- se, de maneira inexplicável, aos resultados de tudo o
que amontoou na Crosta da Terra. A consciência inquieta enche-se de
nuvens e a voz do Evangelho soa-lhe aos ouvidos: Pobre de ti, porque
teus lucros foram perdas desastrosas! "E o que tens ajuntado para quem
será?"
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 56.
* * * Estude Kardec * * *
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