27 de fevereiro de 2011

Aparências


Não acuse o irmão que parece mais abastado. Talvez seja simples escravo de compromissos.
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Não condene o companheiro guindado à autoridade. É provável seja ele mero devedor da multidão.
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Não inveje aquele que administra, enquanto você obedece. Muitas vezes, é um torturado.
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Não menospreze o colega conduzido a maior destaque. A responsabilidade que lhe pesa nos ombros pode ser um tormento incessante.
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Não censure a mulher que se apresenta suntuosamente. O luxo, provavelmente, lhe constitui amarga provação.
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Não critique as pessoas gentis que parecem insinceras, à primeira vista. Possivelmente, estarão evitando enormes crimes ou grandes desânimos.
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Não se agaste com o amigo mal-humorado. Você não lhe conhece todas as dificuldades íntimas.
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Não se aborreça com a pessoa de conversação ainda fútil. Você também era assim quando lhe faltava experiência.
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Não murmure contra os jovens menos responsáveis. Ajude-os, quanto estiver ao seu alcance, recordando que você já foi leviano para muita gente.
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Não seja intolerante em situação alguma. O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama.
* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

26 de fevereiro de 2011

Respostas à Pressa


Evite a impaciência. Você já viveu séculos incontáveis e está diante de milênios sem-fim.
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Guarde a calma. Fuja, porém, à ociosidade, como quem reconhece o decisivo valor do minuto.
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Semeie o amor. Pense no devotamento dAquele que nos ama desde o princípio.
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Guarde o equilíbrio. Paixões e desejos desenfreados são forças de arrasamento na Criação Divina.
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Cultive a confiança. O Sol reaparecerá amanhã, no horizonte, e a paisagem será diferente.
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Intensifique o próprio esforço. Sua vida será o que você fizer dela.
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Estime a solidariedade. Você não poderá viver sem os outros, embora na maioria dos casos possam os outros viver sem você,
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Experimente a solidão, de quando em quando; Jesus esteve sozinho, nos momentos cruciais de sua passagem pela Terra.
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Dê movimento construtivo, às suas horas. Não converta, no entanto, a existência numa torre de Babel.
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Renda culto fiel à paz. Não se esqueça, todavia, de que você jamais viverá tranqüilo sem dar paz aos que pisam seu caminho.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

23 de fevereiro de 2011

Pode acreditar


Falará você na bondade a todo instante, mas, se não for bom, isso será inútil para a sua felicidade.Sua mão escreverá belas páginas, atendendo a inspiração superior; no entanto, se você não estampar a beleza delas em seu espírito, não passará de estafeta sem inteligência.
Lerá maravilhosos livros, com emoção e lágrimas; todavia, se não aplicar o que você leu, será tão-somente um péssimo registrador.
Cultivará convicções sinceras, em matéria de fé; entretanto, se essas convicções não servirem à sua renovação para o bem, sua mente estará resumida a um cabide de máximas religiosas.
Sua capacidade de orientar disciplinará muita gente, melhorando personalidades; contudo, se você não se disciplinar, a lei o defrontará com o mesmo rigor com que ela se utiliza de você para aprimorar os outros.
Você conhecerá perfeitamente as lições para o caminho e passará, ante os olhos mortais do mundo, à galeria dos heróis e dos santos; mas, se não praticar os bons ensinamentos que conhece, perante as leis Divinas recomeçará sempre o seu trabalho e cada vez mais dificilmente.
Você chamará a Jesus; mestre e senhor...; se não quiser, porém, aprender a servir com ele, suas palavras soarão sem qualquer sentido.

*  *  *
André Luiz
(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

21 de fevereiro de 2011

Caridade do Pensamento


Sabemos todos que o pensamento é onda de vida criadora, emitindo forças e atraindo-as, segundo a natureza que lhe é própria.Fácil entender, à vista disso, que nos movemos todos num oceano de energia mental.
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Cada um de nós é um centro de princípios atuantes ou de irradiações que liberamos, consciente ou inconscientemente.
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Sem dúvida, a palavra é o veículo natural que nos exprime as idéias e as intenções que nos caracterizem, mas o pensamento, em si, conquanto a força mental seja neutra qual ocorre à eletricidade, é o instrumento genuíno das vibrações benéficas ou negativas que lançamos de nós, sem a apreciação imediata dos outros.
Meditemos nisso, afastemos do campo íntimo qualquer expressão de ressentimento, mágoa, queixa ou ciúme, modalidades do ódio, sempre suscetível de carrear a destruição.
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Se tens fé em Deus, já sabes que o amor é a presença da luz que dissolve as trevas.
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Cultivemos a caridade do pensamento.
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Dá o que possas, em auxílio aos outros, no entanto, envolve de simpatia e compreensão tudo aquilo que dês.
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No exercício da compaixão, que é a beneficência da alma, revisa o que sentes, o que desejas, o que acreditas e o que falas, efetuando a triagem dos propósitos mais ocultos que te inspirem, a fim de que se traduzam em bondade e entendimento, porque mais dia menos dia, as nossas manifestações mais íntimas se evidenciam ou se revelam, inelutavelmente, de vez que tudo aquilo que colocarmos, no oceano da vida, para nós voltará.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Paciência.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

20 de fevereiro de 2011

Solicitação Fraterna


Ajude com a sua oração a todos os irmãos:que jamais encontram tempo ou recursos para serem úteis a alguém;
que se declaram afrontados pela ingratidão, em toda a parte;
que trajam os olhos de luto para enxergarem o mal, em todas as situações;
que contemplam mil castelos nas nuvens, mas que não acendem nem uma vela no chão;
que somente cooperam na torre de marfim do personaiísmo, sem he descerem os degraus para colaborar com os outros;
que se acreditam emissários especiais e credores dos benefícios de exceção;
que devoram precioso tempo dos ouvintes, falando exclusivamente de si;
que desistem de continuar aprendendo na luta humana;
que exibem o realejo da desculpa para todas as faltas;
que sustentam a vocação de orquídeas no salão do mundo;
que se julgam centros compulsórios das atenções gerais;
que fazem o culto sistemático à enfermidade e ao obstáculo.
São doentes graves que necessitam do Amparo Silencioso.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

18 de fevereiro de 2011

Insegurança e Medo


O homem é as suas memórias, o somatório das experiências que se lhe armazenam no inconsciente, estabelecendo as linhas do seu comportamento moral, social, educacional.Essas memórias constituem-lhe o que convém e o que não é lícito realizar.
Concorrem para a libertação ou a submissão aos códigos estabelecidos, que propõem o correto e o errado, o moral, o legal, o conveniente e o prejudicial.
Face a tais impositivos desencadeiam-se, no seu comportamento, as fobias, as ansiedades, as satisfações, o bem ou o mal-estar.
Neste momento social, o medo assume avantajadas proporções, perturbando a liberdade pessoal e comunitária do indivíduo terrestre.
Procurando liberar-se desse terrível algoz, as suas vítimas intentam descobrir-lhe as causas, as raízes que alimentam a sua proliferação. Todavia, estas são facilmente detectáveis. Estão constituídas pela insegurança gerada pela violência; pelo desequilíbrio social vigente; pela fragilidade da vida física - saúde em deterioramento, equilíbrio em dissolução, afetividade sob ameaça; receio de serem desvelados ao público os engodos e erros praticados às escondidas; e, por fim, a presença invisível da morte...
Mais importante do que pensar e repensar as causas do medo é a atitude saudável, ante uma conduta existencial tranqüila, pelo fruir cada momento em plenitude, sem memória do passado - evitando o padrão atemorizante - nem preocupação com o futuro.
A existência humana deve transcorrer dentro de um esquema atemporal, sem passado, sem futuro, num interminável presente.
*
Não transfiras para depois a execução de tarefas ou decisões nenhumas.
Toma a atitude natural do momento e age conforme as circunstâncias, as possibilidades.
Cada instante, vive-o, totalmente sem aguardar o que virá ou lamentar o que se foi.
Descobrirás que assim agindo, sem constrições, nem pressas ou postergações, te sentirás interiormente livre, pois que somente em liberdade o medo desaparece.
Não aguardes, nem busques a liberdade. Realiza-a na consciência plena que age de forma responsável e tranqüiliza os sentimentos.
*
O medo desfigura e entorpece a realidade. Agiganta e avoluma insignificâncias, produzindo fantasmas onde apenas suspeitas se apresentam.
É responsável pela ansiedade - medo de perder isto ou aquilo - sem dar-se conta que somente se perde o que se não tem, portanto, o que não faz falta.
A ação consciente, prolongando-se pelo fio das horas, anula o medo, por não facultar a medida do comportamento nas memórias pessoais ou sociais.
*
Simão Pedro, por medo dos poderosos do seu tempo, negou o Amigo que o amava e a Quem amava.
Judas, por medo que Ele não levasse a cabo os compromissos assumidos, vendeu o Benfeitor.
Os beneficiários das mãos misericordiosas de Jesus, por medo se omitiram, quando Ele foi levado ao sublime holocausto.
Pilatos, por medo, indeciso e pusilânime, lavou as mãos quanto à vida do Justo.
...E Anás, Caifás, a turbamulta, com medo do Homem Livre, resolveram crucificá-lO, através do hediondo e covarde conciliábulo da própria miséria moral, que os caracterizava.
Ele porém, não teve medo. Pensa e busca-O, libertando-te do medo e seguindo-O, em consciência tranqüila, mediante cujo comportamento te sentirás pleno, em harmonia.
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

16 de fevereiro de 2011

Confia


Deus criou a noite
para que todas as criaturas
tomem conhecimento
do futuro brilhante que
as espera, nas alegrias do
Infinito Amor, em Seu Imenso
Império de Estrelas.
*  *  *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel

15 de fevereiro de 2011

Temas importunos


Doenças.
Crimes.
Intrigas.
Crítica.
Sarcasmo.
Contentas domésticas.
Desajustes alheios.
Conflitos sexuais.
Divórcios.
Notas deprimentes com referência aos irmãos considerados estrangeiros.
Racismo.
Preconceitos sociais.
Divergências políticas.
Atritos religiosos.
Auto-elogio.
Carestia da vida.
Males pessoais.
Lamentações.
Comparações pejorativas.
Recordações infelizes.
Reprovação a serviços públicos.
Escândalos.
Infidelidade conjugal.
Pornografia.
Comentários desprimorosos quanto à casa dos outros.
Anedotário inconveniente.
Histórias chulas.
Certamente não existem assuntos indignos da palavra e todos eles podem ser motivos de entendimento e de educação, mas sempre que os temas importunos ou difíceis forem lembrados, em qualquer conversação, o equilíbrio e a prudência devem ser chamados ao verbo em manifestação, para que o respeito aos outros não se mostre ferido.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

10 de fevereiro de 2011

Janelas na alma


sentimento e a emoção normalmente se transformam em lentes que coam os acontecimentos, dando-lhes cor e conotação próprias.De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter a significação que nem sempre corresponde à realidade.
Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz.
Variando a cor das lentes, com tonalidade correspondente desfilarão diante dos olhos as cenas.
Na área do relacionamento humano, também, as ocorrências assumem contornos de acordo com o estado de alma das pessoas envolvidas.
É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação com eles.
Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de bem observar os sucessos da vilegiatura humana.
De acordo coma a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vivê-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.
Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando a usança de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação.
*
Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu séqüito de ocorrências.
O amor te facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranqüilidade.
A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição que se te acerquem.
O perdão constituirá a tua força revigoradora colocada a benefício do delinqüente, do mau, do alucinado, que te busquem.
A ternura espraiará o perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.
As janelas da alma são espaços felizes para que se espraie a luz, e se realize a comunhão com o bem.
*
Colocando os santos óleos da afabilidade nas engrenagens da tua alma, descerrarás as janelas fechadas dos teus sentimentos, e a tua abençoada emoção se alongará, afagando todos aqueles que se aproximem de ti, proporcionando-lhes a amizade pura que se converterá em amor, rico de bondade e de perdão, a proclamarem chegada a hora de ternura entre os homens da Terra.
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

3 de fevereiro de 2011

Como Respondeu?


“Perdoar aos inimigos é pedir
perdão para si próprio; perdoar
aos amigos é dar-lhes uma prova
de amizade; perdoar as ofensas é
mostrar-se melhor do que era.”
(Alan Kardec, E.S.E. Cap.X, ltem 15.)
À hora de cólera, você exclamou: “Vingar-me-ei!”E perdeu uma feliz oportunidade de exercitar o perdão.
*
Escarnecido pela ignorância, você retrucou: “Infeliz perseguidor!”
E malbaratou o ensejo de iluminar em silêncio.
*
Esbofeteado pela agressividade da intolerância, você reagiu: “Nunca mais terás outra ocasião de ferir-me!”
E desperdiçou a lição do sofrimento.
*
Dominado pela preguiça, você justificou: “Amanhã farei a assistência programada.”
E esqueceu que agora é a hora da ação editicante.
*
Acuado pela perseguição geral, você indagou: “Por que Deus me abandonou?”
E não enxergou a Divina Presença na linguagem do testemunho que lhe era solicitado.
*
Aturdido pela maledicência, você desabafou: “Ninguém presta!”.
E feriu, sem motivo, muitas almas boas ,generalizando a invigilância e a crueldade.
*
Esmagado pela pobreza, você inquiriu: “Onde o socorro celeste?”
E atestou o apego às coisas terrenas.
*
Ante a felicidade aparente dos levianos, você disse: “Só os maus vencem!”
E desrespeitou a fé cristã que você vive, inspirada na cruz de ignomínia onde Ele pereceu.
*
Ao impacto de acusações injustas, você baqueou: “Estou perdido!”
E não se recordou d'Aquele que é o nosso Caminho.
*
Entretanto, poderia dizer sempre: “Em ti confio, Senhor, e a Ti me entrego.”
E Ele, que nunca abandona os que n'Ele confiam, saberia ajudá-lo incessantemente.
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco.

2 de fevereiro de 2011

Reciprocidade


O discípulo
abeirou-se do orientador
e queixou-se magoado:
- Instrutor amigo,
o pior de tudo em meu
aprendizado é adquirir
a ciência do relacionamento.
Creio estar lutando
inutilmente
contra a animosidade alheia...
Auxilie-me, por favor.
De que modo agir
para viver
com a intolerância e com
o azedume dos outros?
O mentor refletiu,
por alguns momentos,
e esclareceu:
-Sim a indagação é justa.
Mas para que tenhamos
uma resposta clara,
é importante considerar
que os outros, igualmente,
precisam viver contigo.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

1 de fevereiro de 2011

Entre cônjuges


Prossiga amando e respeitando os pais, depois da formação da própria casa, compreendendo, porém, que isso traz novas responsabilidades para o exercício das quais é imperioso cultivar independência, mas, a pretexto de liberdade, não relegar os pais ao abandono.
*
Não deprecie os ideais e preocupações do outro.
*
Selecione as relações.
*
Respeite as amizades do companheiro ou da companheira.
*
É preciso reconhecer a diversidade dos gostos e vocações daquele ou daquela que se toma para compartilhar-nos a vida.
*
Antes de observar os possíveis erros ou defeitos do outro, vale mais procurar-lhe as qualidades e dotes superiores para estimulá-los ao desenvolvimento justo.
*
Jamais desprezar a importância da relações sexuais com o respeito a fidelidade nos compromissos assumidos.
*
Não sacrifique a paz do lar com discussões e conflitos, a pretexto de honorificar essa ou aquela causa da Humanidade, porque a dignidade de qualquer causa da Humanidade começa no reduto doméstico.
*
Não deixe de estudar e aprimorar-se constantemente sob a desculpa de haver deixado a condição de solteiro ou de solteira.
*
Sempre é necessário compreender que a comunhão afetiva no lar deve recomeçar, todos os dias, a fim de consolidar-se em clima de harmonia e segurança.
* * *
Xavier, Francisco Candido. Da obra: Sinal Verde.
Ditado pelo Espírito André Luiz.