21 de janeiro de 2014

Pedras

As dificuldades de qualquer natureza são sempre pedras simbólicas,
asfixiando-nos as melhores esperanças do dia, do ideal, do trabalho,
ou do destino, que recebemos na glória do tempo.

É necessário saber tratá-las com prudência, serenidade e sabedoria.

Há diversos modos de se considerar os obstáculos, removendo-os
ou aproveitando-os.

O preguiçoso recebe os calhaus da luta  e estende-se no caminho,
sucumbindo ao seu peso. É o espírito desanimado,indolente e  enfermiço.

O desesperado em se sentindo sob os granizos da sorte, confia-se à
intemperança mental. E atira-os ao viandante inocente ou à porta de
companheiros inofensivos. É o espírito indisciplinado. renitente e impulsivo,
que sabe apenas ferir ao próximo ou denegri-lo com atitudes impensadas e levianas.

O homem inteligente, todavia, recebe as pedras da experiência e, ainda mesmo
sangrando as mãos e o coração, recolhe-as, cuidadoso valendo-se delas para a
confecção de utilidades ou da confecção de edifícios consagrados ao agasalho,
ao reconforto ou a à benemerência, em favor dele mesmo, e de quantos o
acompanham na marcha evolutiva.

Ninguém passará ileso nos caminhos do mundo.

As pedras do caminho e da dor, no ambiente comum da existência carnal,
chovem sobre todos.

Do entendimento e da conduta de cada um dependeram da felicidade ou
do infortúnio, na laboriosa romagem terrestre.

Pelo Espírito Emmanuel

XAVIER, Francisco Cândido, Vida em Vida, Espíritos Diversos, Ed. IDEAL



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