12 de janeiro de 2014

Madalena

"Disse-lhe: Jesus: Maria! - Ela voltando-se, disse: Mestre"
(João, cap.20,v.16)

Dos fatos mais significativos do evangelho, a primeira visita de Jesus, na ressurreição, é daqueles que convidam à meditação substanciosa e acurada.

Por que razões profundas deixaria o Mestre tantas figuras mais próximas de sua vida para surgir ao olhos de Madalena, em primeiro lugar.

Somos naturalmente compilados a indagar por que não teria aparecido, antes ao coração abnegado e amoroso que lhe servia de Mãe ou aos discípulos amados...

Entretanto, o gesto de Jesus é profundamente simbólicos em sua essência divina.

Dentre os vultos da Boa Nova, ninguém fez tanta violência a si mesmo, para seguir o Salvador,como a inesquecível obsidiada de Magdala. nem mesmo "morta" nas sensações que operam a paralisia da alma; entretanto bastou o encontro com Cristo para abandonar tudo e seguir-lhe os passos, fiel até o fim, nos atos de negação de si própria e na negação de si própria e na firme resolução de tomar a cruz que lhe competia no calvário redentor de sua existência angustiosa.

É compreensível que muitos estudantes investiguem a razão pela qual não apareceu o Mestre, primeiramente, a Pedro ou a João, a sua Mãe ou aos seus amigos, Todavia, é igualmente razoável, reconhecermos que com o seu gesto inesquecível, Jesus ratificou a lição de que sua doutrina, será para todos os aprendizes e seguidores, o código de ouro das vidas transformadas para a glória do bem. E ninguém como Maria de Magdala, houvera transformada a sua, à luz do Evangelho redentor.

XAVIER, Francisco Cândido, Caminho, Verdade e Vida, Pelo Espírito Emmanel,
28, ed.Brasília: FEB, 2009, cap. 92.



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