22 de abril de 2012

O Vagabundo



Ei-lo que passa na estrada, 
De roupinha esfarrapada, 
Sem mãos amigas de alguém. 
Pobrezinho!... é vagabundo, 
Vagueia por este mundo. 
Sem ninguém. 
Às vezes, tem sede e fome, 
Na miséria que o consome, 
De pés e bracinhos nus... 
Tão tenro e de alma sombria! 
Sem amor, sem alegria 
E sem luz. 
Mete pena vê-lo à solta 
De cabeleira revolta, 
Tal a penúria em que vai; 
Sua alma geme e padece, 
Não teve mãe que o quisesse 
E nem pai. 
Tenhamos piedade ao vê-lo. 
Quem não pede auxílio e zelo 
Num bocadito de amor?!... 
Como punge, no caminho, 
Tanta falta de carinho, 
Tanta dor... 
Lembremos, em nossa vida, 
Que essa criança ferida, 
Como nós, tem coração; 
Que esse pequeno mendigo 
Seja agora nosso amigo, 
Nosso irmão. 
XAVIER, Francisco Cândido. Jardim de Infância. Pelo Espírito João de Deus. FEB.

* * * Estude Kardec * * *

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