30 de novembro de 2011

Desapontamentos


O homem ocioso repousara em excesso e perdera o sono.
Tentando dormir mais uma vez, recolheu-se em aposento isolado.
Depois de algum tempo, ressonava...
Respiração estertorosa.
Assobios estridentes.
Passa um quarto de hora.
Emitindo sons mais altos, acorda a si mesmo.
Levanta-se e sai, furioso, procurando o suposto responsável pelo desagradável ruído que o despertou...
*
Muitos atos das criaturas são semelhantes a esse.
Aspiram simplesmente ao sono do repouso falso. E, quando despertam, contrariadas, para a realidade
espiritual que as cerca, buscam, em desespero, alguém a quem possam incriminar por sua incúria e desgosto,
mas encontram, invariavelmente, em si mesmas, as únicas responsáveis.
Assim ocorre nas pequeninas contrariedades da vida humana e nas grandes desilusões da vida espiritual,
após a viagem da morte.
*
Não culpe a ninguém por suas frustrações, presentes ou futuras.
Ore, vigie e analise os próprios desapontamentos e verá que, ressonando na ociosidade e acordando na
dolorosa vigília do arrependimento, o único responsável por eles é sempre você

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