Paulo não nos diz que o dinheiro, em si mesmo, seja flagelo para a Humanidade.
Várias vezes, vemos o Mestre em contacto com o assunto,
contribuindo para que a nossa compreensão se dilate. Recebendo certos
alvitres do povo que lhe apresenta determinada moeda da época, com a
efigie do imperador romano, recomenda que o homem dê a César o que é de
César, exemplificando o respeito às convenções construtivas. Numa de
suas mais lindas parábolas, emprega o símbolo de uma dracma perdida. Nos
movimentos do Templo, aprecia o óbolo pequenino da viúva.
O dinheiro não significa um mal. Todavia, o apóstolo dos
gentios nos esclarece que o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie
de males. O homem não pode ser condenado pelas suas expressões
financeiras, mas, sim, pelo mau uso de semelhantes recursos materiais,
porqüanto é pela obsessão da posse que o orgulho e a ociosidade, dois
fantasmas do infortúnio humano, se instalam nas almas, compelindo-as a
desvios da luz eterna.
O dinheiro que te vem às mãos, pelos caminhos retos, que
só a tua consciência pode analisar à claridade divina, é um amigo que
te busca a orientação sadia e o conselho humanitário. Responderás a Deus
pelas diretrizes que lhe deres e ai de ti se materializares essa força
benéfica no sombrio edifício da iniqüidade!
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 57.
* * * Estude Kardec * * *
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