9 de janeiro de 2013

Os Falsos Profetas

 

Se vos disserem: "O Cristo esta? aqui", na?o vades; ao contra?rio, tende-vos em guarda, porquanto numerosos sera?o os falsos profetas. Na?o vedes que as folhas da figueira comec?am a branquear; na?o vedes os seus mu?ltiplos rebentos aguardando a e?poca da florac?a?o; e na?o vos disse o Cristo: Conhece-se a a?rvore pelo fruto? Se, pois, sa?o amargos os frutos, ja? sabeis que ma? e? a a?rvore; se, pore?m, sa?o doces e sauda?veis, direis: "Nada que seja puro pode provir de fonte ma?."
E? assim, meus irma?os, que deveis julgar; sa?o as obras que deveis examinar. Se os que se dizem investidos de poder divino revelam sinais de uma missa?o de natureza elevada, isto e?, se possuem no mais alto grau as virtudes crista?s e eternas: a caridade, o amor, a indulge?ncia, a bondade que concilia os corac?o?es; se, em apoio das palavras, apresentam os atos, podereis enta?o dizer: Estes sa?o realmente enviados de Deus.
Desconfiai, pore?m, das palavras meli?fluas, desconfiai dos escribas e dos fariseus que oram nas prac?as pu?blicas, vestidos de longas tu?nicas. Desconfiai dos que pretendem ter o monopo?lio da verdade!
Na?o, na?o, o Cristo na?o esta? entre esses, porquanto os que ele envia para propagar a sua santa doutrina e regenerar o seu povo sera?o, acima de tudo, seguindo-lhe o exemplo, brandos e humildes de corac?a?o; os que hajam, com os exemplos e conselhos que prodigalizem, de salvar a humanidade, que corre para a perdic?a?o e pervaga por caminhos tortuosos, sera?o essencialmente modestos e humildes. De tudo o que revele um a?tomo de orgulho, fugi, como de uma lepra contagiosa, que corrompe tudo em que toca. Lembrai-vos de que cada criatura traz na fronte, mas principalmente nos atos, o cunho da sua grandeza ou da sua inferioridade.
Ide, portanto, meus filhos bem-amados, caminhai sem tergiversac?o?es, sem pensamentos ocultos, na rota bendita que tomastes. Ide, ide sempre, sem temor; afastai, cuidadosamente, tudo o que vos possa entravar a marcha para o objetivo eterno. Viajores, so? por pouco tempo mais estareis nas trevas e nas dores da provac?a?o, se abrirdes o vosso corac?a?o a essa suave doutrina que vos vem revelar as leis eternas e satisfazer a todas as aspirac?o?es de vossa alma acerca do desconhecido. Ja? podeis dar corpo a esses silfos ligeiros que vedes passar nos vossos sonhos e que, efe?meros, apenas vos encantavam o espi?rito, sem coisa alguma dizerem ao vosso corac?a?o. Agora, meus amados, a morte desapareceu, dando lugar ao anjo radioso que conheceis, o anjo do novo encontro e da reunia?o! Agora, vo?s que bem desempenhado haveis a tarefa que o Criador confia a?s suas criaturas, nada mais tendes de temer da sua justic?a, pois ele e? pai e perdoa sempre aos filhos transviados que clamam por miserico?rdia. Continuai, portanto, avanc?ai incessantemente. Seja vossa divisa a do progresso, do progresso conti?nuo em todas as coisas, ate? que, finalmente, chegueis ao termo feliz da jornada, onde vos esperam todos os que vos precederam. - Lui?s. (Borde?us, 1861.)

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 21. Item 8.
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