O homem vivia no sopé de elevada montanha. Aplicara a existência estudando os meios de
conquistá-la.
Fez projetos meticulosos.
Planejou a via de acesso.
Calculou os patamares da escalada.
Consumiu longo tempo.
Gastou dinheiro.
Selecionou o pessoal necessário ao grande feito.
Depois de ingentes esforços, sacrificando inúmeras vidas de companheiros e animais e perdendo vasta cópia
de material no decurso de toda a existência, conseguiu atingir o tope.
Com surpresa, encontrou, lá em cima, toda uma nação de habitantes felizes, em plena comunicação com os
vales imensos, através de primorosa estrada que haviam construído no lado oposto...
*
Assim tem sido a vida de muitos filósofos e teóricos na Terra.
Fazem estudos.
Traçam projetos.
Perdem fortunas.
Dissipam oportunidades.
Queimam a saúde.
Articulam hipóteses e problemas.
Discutem.
Azedam as horas.
Fogem à cooperação e à fraternidade.
Mas, galgando as alturas da morte, analisam 05 gastos inúteis e a falta de objetividade dos esforços que
despenderam, pois os planos de levantamento do caminho que buscavam tornam-se pueris e integralmente
superados pelas criaturas de boa-vontade que colocam proveito e serviço acima de contenda e conversa.
*
Como espírita, observe o que você procura.
Estude sempre, mas seja prático, para que, além da morte, o frio e a sombra da inutilidade não lhe surjam à
frente.
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