Retribuir com o Bem, todo o mal que nos é feito. Quando Jesus disse que
se devia dar a face direita, também, a quem nos batesse na esquerda,
não ensinava a covardia, ensinava, sim, a se ser superior ao mau, a vencer,
com armas bem mais fortes — as armas do entendimento — o desafeto.
Mandou, o Cristo, que se amasse até os inimigos, os que nos odeiam,
a orar pelos que nos ferem e caluniam, pelos perseguidores. Por que
a vitória maior para o Espírito é o amor. Tornar o mau num bom,
um inimigo num amigo, num irmão. Se amarmos os que nos amam somente,
que mérito há nisso? Jesus quer que sejamos cheios de misericórdia,
que levemos, com a nossa mansidão, os perversos ao arrependimento,
à recuperação. Porque são ignorantes e não sabem o que fazem.
Porque são cegos. Se a nossa justiça não for mais abundante do que
a dos profanos, como entrar no Reino dos Céus? Fazer sempre o bem,
apesar dos maus, apesar de parecer, em certos casos, pura perda.
(De “O perfume do Evangelho”, de Clóvis Ramo
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