31 de dezembro de 2012

O Perdão

 

O perdão, em qualquer tempo,
É sempre um traço de luz,
Conduzindo a nossa vida
À comunhão com Jesus.

XAVIER, Francisco Cândido. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.
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Aborto

 

?Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.? - Paulo. (Hebreus, 3:4.)
No caminho evolutivo que o espírito empreende, várias vidas são necessárias para que os princípios da justiça se firmem em nossas mentes.
Experiências múltiplas nos fazem entender que a justiça é para todos, independentemente da cor, sexo, posição social ou qualquer outra barreira que impusermos à humanidade.
Se de um lado sentimo-nos confortados por saber que toda injustiça ou ato ofensivo que seja praticado contra nós será compensado, por outro lado preocupa-nos por entendermos que se formos nós os causadores de injustiças e transgressões também teremos um retorno dessas ações.
Durante muitos séculos, acreditamos no temível conceito de ?pecado? e sua corrigenda purgatorial, entendendo que o mal ou os erros aqui praticados resultariam num castigo infindável no mundo dos espíritos e que, uma vida isenta de erros proporcionaria por sua vez, uma também eterna vida de gozo, monótona e sem nenhuma finalidade.
Nem uma nem outra, é o que os espíritos nos ensinaram. Com o esclarecimento que a Doutrina Espírita nos trás, aprendemos que na própria existência terrena - atual ou futura- é que teremos a compensação de nossos atos.
Criamos nossos destinos, somos com Deus, co-criadores de nossos caminhos tendo sempre - o que nunca devemos esquecer - a oportunidade de refazermos nosso trajeto, reajustando nossos passos.
O ato de impedirmos o nascimento de um ser, desacreditando na Sabedoria das leis Divinas, é considerado pelo Espiritismo como um erro, uma decisão mal tomada e, como tal, necessária uma corrigenda.
Mas é importante ressaltar que, embora somos contra o aborto e a favor da vida, também somos a favor do perdão e contra o julgamento cruel que muitos fazem àqueles que infelizmente, tenham praticado tal ato.
Se pensa em praticar o aborto, aconselhamos::não o faça, acredite no Amparo Divino que sempre nos acolhe nos momentos de dificuldade mas, se já o praticou, não se desespere pois esse mesmo ?Poder? irá auxiliá-lo a compensar o erro através de inúmeras oportunidades que a vida lhe apresentar.
Em ambas as situações, lembremo-nos sempre, da condição de ?filhos amados do Altíssimo?, tão bem conduzidos que somos pelas mãos amorosas do querido mestre Jesus.
Confiando Nele, prossigamos.

Humberto Pazian. Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/hpazian/aborto.html.
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Glória ao Bem

 

"Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem." - Paulo (ROMANOS, capítulo 2, versículo 10.)
A malícia costuma conduzir o homem a falsas apreciações do bem, quando não parta da confissão religiosa a que se dedica, do ambiente de trabalho que lhe é próprio, da comunidade familiar em que se integra.
O egoísmo fá-lo crer que o bem completo só poderia nascer de suas mãos ou dos seus. Esse é dos característicos mais inferiores da personalidade.
O bem flui incessantemente de Deus e Deus é o Pai de todos os homens. E é através do homem bom que o Altíssimo trabalha contra o sectarismo que lhe transformou os filhos terrestres em combatentes contumazes, de ações estéreis e sanguinolentas.
Por mais que as lições espontâneas do Céu convoquem as criaturas ao reconhecimento dessa verdade, continuam os homens em atitudes de ofensiva, ameaça e destruição, uns para com os outros.
O Pai, no entanto, consagrará o bem, onde quer que o bem esteja.
É indispensável não atentarmos para os indivíduos, mas, sim, observar e compreender o bem que o Supremo Senhor nos envia por intermédio deles. Que importa o aspecto exterior desse ou daquele homem? que interessam a sua nacionalidade, o seu nome, a sua cor? Anotemos a mensagem de que são portadores. Se permanecem consagrados ao mal, são dignos do bem que lhes possamos fazer, mas se são bons e sinceros, no setor de serviço em que se encontram, merecem a paz e a honra de Deus.


XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 42.
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Carta de Ano Novo

 

Ano Novo é também oportunidade de aprender, trabalhar e servir. O tempo como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para necessária ascensão.
Lembra-te de que o ano em retorno, é novo dia a convocar-te para a execução de velhas promessas que ainda não tivestes a coragem de cumprir.
Se tens inimigos faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.
Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.
Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.
Se a tristeza te requisita esquece-a e procura a alegria serena da consciência tranquila no dever bem cumprido.
Ano Novo! Novo Dia!
Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.
Recorda que há mais ignorância que maldade em torno de teu destino.
Não maldigas nem condenes.
Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.
Não te desanimes nem te desconsoles.
Cultiva o bom ânimo com os que te visitam dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.
Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: - Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Vida e Caminho. Espíritos Diversos. GEEM.
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Oração da Criança

 

Amigo.
Ajuda-me agora, para que eu te auxilie depois.
Não me relegues ao esquecimento, nem me condenes à ignorância e à crueldade.
Venho ao encontro de tua aspiração, de teu convívio, de tua obra.
Em tua companhia estou na condição da argila nas mãos do oleiro.
Hoje, sou sementeira, fragilidade, promessa...
Amanhã, porém, serei tua própria realização.
Corrige-me, com amor, quando a sombra do erro envolver-me o caminho, para que a confiança não me abandone.
Protege-me contra o mal.
Ensina-me a descobrir o bem.
Não me afastes de Deus e ajuda-me a conservar o amor e o respeito que devo às pessoas, aos animais e às coisas que nos cercam.
Não me negues tua boa-vontade, teu carinho e tua paciência.
Tenho tanta necessidade do teu coração, quanto à plantinha tenra precisa da água para prosperar e viver.
Dá-me tua bondade e dar-te-ei cooperação.
De ti depende que eu seja pior, ou melhor, amanhã.

Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Luz no Lar. Espíritos Diversos. FEB.
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29 de dezembro de 2012

Os Obreiros de Senhor

 

Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: "Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra", porquanto o Senhor lhes dirá: "Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!" Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão: "Graça! graça!" O Senhor, porém, lhes dirá: "Como implorais graças, vós que não tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos negastes a estender-lhes as mãos, que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? Como suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas celestes são para os que não tenham buscado as recompensas da Terra."
Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: "Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus." -O Espírito de Verdade. (Paris, 1862.)

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 10. Item 5.
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Paciência Adiante

 

Não te desligues da paciência.
para que obtenhas a simpatia
e o amparo da maioria das pessoas.
basta te disponhas a ouví-las.


XAVIER, Francisco Cândido. Recados do Além. Pelo Espírito Emmanuel. IDEAL. Capítulo 21.
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Vibrações

 

Um homem sisudo entrou numa sala onde várias pessoas conversavam cordialmente.
O recém-chegado sentou-se sem dizer palavra.
Destacou-se para logo uma estranha ocorrência.
Os circunstantes calaram-se e, em seguida, afastaram-se, um por um.
O dono da casa veio ao encontro do último dos retirantes e perguntou:
-Que terá sucedido, se o meu novo hóspede nada chegou a dizer?
O interpelado, no entanto, respondeu, hesitante.
Não consigo explicar, mas tenho a impressão de que o silêncio dele faz barulho demais.


XAVIER, Francisco Cândido. Recados do Além. Pelo Espírito Emmanuel. IDEAL. Capítulo 22.
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O Peru Pregador

 

Um belo peru, após conviver largo tempo na intimidade duma família que dispunha de vastos conhecimentos evangélicos, aprendeu a transmitir os ensinamentos de Jesus, esperando-lhe também as divinas promessas. Tão versado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.
De quando em quando, era visto a falar em sua estranha linguagem "glá-glé-gli-gló-glu". Não era, naturalmente, compreendido pelos homens. Mas os outros perus, as galinhas, os gansos e os marrecos, bem como os patos, entendiam-no perfeitamente.
Começava o comentário das lições do Evangelho e o terreiro enchia-se logo. Até os pintainhos se aquietavam sob as asas maternas, a fim de ouvi-lo.
O peru, muito confiante, assegurava que Jesus-Cristo era o Salvador do Mundo, que viera alumiar o caminho de todos e que, por base de sua doutrina, colocara o amor das criaturas umas para com as outras, garantindo a fórmula de verdadeira felicidade na Terra. Dizia que todos os seres, para viverem tranquilos e contentes, deveriam perdoar aos inimigos, desculpar os transviados e socorrê-los.
As aves passaram a venerar o Evangelho; todavia, chegado o Natal do Mestre Divino, eis que alguns homens vieram aos lagos, galinheiros, currais e, depois de se referirem excessivamente ao amor que dedicavam a Jesus, laçaram frangos, patinhos e perus, matando-os, ali mesmo, ante o assombro geral.
Houve muitos gritos e lamentações, mas os perseguidores, alegando a festa do Cristo, distribuíram pancadas e golpes à vontade.
Até mesmo a esposa do peru pregador foi também morta.
Quando o silêncio se fez no terreiro, ao cair da noite, havia em toda parte enorme tristeza e irremediável angústia de coração.
As aves aflitas rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.
Como louvar um Senhor que aceitava tantas manifestações de sangue na festa de seu natalício? como explicar tanta maldade por parte dos homens que se declaravam cristãos e operavam tanta matança? não cantavam eles hinos de homenagem ao Cristo? não se afirmavam discípulos dEle? precisavam, então, de tanta morte e tanta lágrima para reverenciarem o Senhor?
O pastor alado, muito contrafeito, prometeu responder no dia seguinte. Achava-se igualmente cansado e oprimido. Na manhã imediata, ante o Sol rutilante do Natal, esclareceu aos companheiros que a ordem de matar não vinha de Jesus, que preferira a morte no madeiro a ter de justiçar; que deviam todos eles continuar, por isso mesmo, amando o Senhor e servindo-o, acrescentando que lhes cabia perdoar setenta vezes sete. Explicou, por fim, que os homens degoladores estavam anunciados no versículo quinze do capítulo sete, do Apóstolo Mateus, que esclarece: - "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores". Em seguida, o peru recitou o capítulo cinco do mesmo evangelista, comentando as bem-aventuranças prometidas pelo Divino Amigo aos que choram e padecem no mundo.
Verificou-se, então, imenso reconforto na comunidade atormentada e aflita, porque as aves se recordaram de que o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à delas.

XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio. FEB. Capítulo 43.
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Além da Noite

 

Dos corações clamando agonia e desterro
Cal o orvalho do pranto em fel da desventura...
A saudade a chorar dita a rota do enterro,
Mas o túmulo em si é breve noite escura...
Espírito é sol no corpo, - escrínio perro,
Jóia viva a brilhar além da sepultura,
Luz ativa a esmorecer, sob a lama do erro,
Ou cresce a refulgir, se ascende bela e pura.
Onde vá, todo ser caminha lado a lado.
Da luz que exprime sempre o amor profundo e ardente
Ou da sombra que em tudo é tenebroso mito,
A deixar cada dia o crisol do passado,
Vai e vem a sofrer, no esmeril do presente,
Para estampar-se, enfim, nos troféus do Infinito!


Pelo Espírito Félix Pacheco
XAVIER, Francisco Cândido. Fonte de Paz. Espíritos Diversos. IDE. Capítulo 1.
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Convite à Alegria

 

"Mas eu vos tornarei a ver e o vosso coração se encherá de alegria e essa alegria ninguém vo-la tirará." (João: capítulo 16º, versículo 22.)
A constrição dos muitos problemas a pouco e pouco vem deixando ressaibos de amarguras e tens a impressão de que os melhores planos traçados nos painéis da esperança, agora são lembranças que a dura realidade venceu.
Tantos esforços demoradamente envidados parecem redundar em lamentáveis escombros.
A fortuna fácil que alguns amigos granjearam e o êxito na ribalta social por outros lobrigado, afirmam o que consideras o fracasso das tuas aspirações.
Na jornada quotidiana "marcas passos".
Na disputa das posições segues ladeira acima.
No círculo das amizades cais na "rampa do desprezo".
No reduto da família és um "estranho em casa
Aguilhões e escolhos surgem, multiplicam-se e estás a ponto de desistir.
Mesmo assim, cultiva a alegria.
Sorri ante a dadivosa oportunidade de ascender em espírito, quando outros estacionam ou decaem.
Exulta por dispores do tesouro que é a oportunidade feliz de não apenas te libertares das dívidas como também granjeares títulos de enobrecimento interior.
Rejubila-te com a honra de liberar-te quando outros se comprometem.
Triunfos e lauréis são antes responsabilidades e empréstimos de que somente poucos, quase raros espíritos conseguem desincumbir-se sem gravames ou insucessos dolorosos.
O sol que oscula a fonte e rocia a pétala da rosa é o mesmo que aquece o charco e o transforma, em nome do Nosso Pai, como a dizer-nos que o Seu amor nos chega sempre em qualquer situação e lugar em que nos encontremos.
Recorda a promessa de Jesus de voltar a encontrar-se contigo, dando-te a alegria que ninguém poderá tomar.
Cultiva, assim, a alegria, que independe das coisas de fora, mas que nasce na fonte cantante e abençoada do solo do coração e verte linfa abundante como rio de paz, por todos os dias até a hora da libertação - começo feliz da via por onde seguirás na busca da ventura plena.

FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 1.
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26 de dezembro de 2012

Diante da Morte

 

Não se consumiram, com a dissolução dos tecidos, aqueles que consideras mortos.
Transitaram da circunstância carnal para o estado básico de Espíritos que são, donde oportunamente vieram a Terra, a fim de se revestirem com a tecedura material.
Ora despojados dos implementos físicos, retornam à condição primeira, carregando nos sutis e complexos mecanismos da vida que os mantêm íntegros, as realizações e os gravames, as ações positivas ou infelizes que se permitiram, enquanto se utilizaram do vaso fisiológico, na Terra.
Mergulharam no acervo somático conduzindo propósitos superiores, quais alunos ingressando em abençoada Escola, com vistas ao futuro promissor.
Despediram-se do currículo, guindados à posição que preferiram fruindo a escolaridade conforme o aproveitamento que se permitiram.
Desapareceram da vida objetiva, sem dúvida, mas vivem em outra dimensão vibratória e examinam através de outras percepções a oportunidade que tiveram e os valores de que se fazem detentores inalienáveis.
Os desatentos que se deixaram colher na distração lamentam dolorosamente o tesouro do ensejo perdido.
Os insidiosos e céticos, chamados ao retorno que esperavam demorasse, sofrem amargas decepções, face à realidade da vida que prossegue...
Os maus expiam enquanto despertam com a mente tornada fornalha de remorsos, graças à nova situação que desconsideravam...
Os resignados e bons, chamados ao convívio imortalista, exultam e se preocupam com os que se enleiam na ilusão ou se anestesiam na busca do nada em que se infelicitam.
Não desesperes, se a saudade te martiriza, ante a ausência deles. Estão ausentes só em corpo físico.
Pensando neles, envolve-os na prece lucilante e benéfica. Estejam como estejam receberão os teus pensamentos e deles retirarão o precioso conteúdo que os reconfortará valiosamente.
Assim, recorda-os com ternura e amor, desejando ser-lhes útil. Conjeturando em torno das suas vidas, traze à tela mental o que fizeram de bom, as suas horas ditosas, as evocações dos momentos felizes, que captarão de forma salutar.
Desse modo, ligar-se-ão a ti pelos preciosos liames do pensamento, mantendo intercâmbio sutil contigo, dialogando, ajudando-te caso não possam, por enquanto, faze-lo diretamente pelos processos mediúnicos mais positivos...
Isto posto, pensa em ti próprio. Cada instante da experiência física mais te aproxima da realidade espiritual.
Reflexiona como te encontras, o que já fizeste, o que possuis para conduzir, porquanto, também desencarnarás, apesar da saúde que ora desfrutas ou da situação em que laboras otimista.
Diante dos que partiram na direção da Morte, assume o compromisso de preparar-te para o reencontro com eles na Vida abundante, e não adies realizações superiores, que te serão valiosas.
Sabendo-os vivos, enxuga o pranto que a dor pungente da grande transição propicia, considerando que, além da sepultura aparentemente misteriosa, a vida estua, e, depois do umbral de cinza e pó em que o corpo se converte, brilha a madrugada da Imortalidade que nos domina e felicita.

FRANCO, Divaldo Pereira. Celeiro de Bênçãos. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. IDEAL. Capítulo 57.
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Se Você Deseja

 

Se você deseja ser cristão efetivamente:
perdendo, vencerá na batalha humana;
cedendo, obterá os recursos de que precisa;
trabalhando, conseguirá a felicidade própria;
perdoando, edificará em torno de si mesmo;
libertando, conquistará os outros;
suportando, resistirá na tempestade;
renunciando, ganhará tesouros imortais;
abençoando, salvará muitos;
sofrendo, terá mais luz;
sacrificando-se, encontrará a paz;
suando, purificar-se-á;
amando, iluminará sempre.

XAVIER, Francisco Cândido. Agenda Cristã. Pelo Espírito André Luiz. FEB.
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Abortos Aparentemente Espontâneos, Provocados Pelo Espírito

 

Além dos abortos espontâneos, motivados em débitos cármicos do casal, que se associam às dívidas e desarmonias do Espírito reencarnante, outros fatores podem ser causa de aborto não provocado por interferência material.
Uma das causas que devem ser mencionadas é a relacionada à própria entidade reencarnante. Como nós, seres viventes do planeta Terra, temos muitas vezes o temor à morte, os Espíritos, em muitas circunstâncias, temem abandonar uma situação que se lhes afigura estável, para mergulhar novamente na matéria, aprisionando ou anestesiando suas conquistas do passado. Em outras palavras, medo de nascer.
Espíritos que necessitam renascer com severas limitações físicas, frutos de alterações expressivas em sua constituição perispiritual, atemorizam-se ante uma perspectiva que custam a aceitar Apesar de todo o trabalho dos mentores espirituais esclarecendo que a exteriorização deformante do corpo físico facilita a eliminação das anomalias em nível perispiritual, desde que acompanhada de uma postura mental saudável, os receios e as reações muitas vezes ocorrem.
Outros, embora nada tenham a temer com relação a deformidades físicas, travam intensa luta íntima, um conflito entre a razão que os faz renascer naquele lar e o sentimento de antipatia com relação a alguns dos seus membros.
Como sabemos, a ligação familiar freqüentemente é o palco dos reajustes do passado. Vínculos pretéritos de desafetos que necessitam se perdoar, encontram na "anestesia" do pretérito a condição predisponente para a "cirurgia" psíquica que eliminará o "abscesso" do ódio.
Embora ocorram reencarnações compulsórias, necessárias para aqueles cujo primitivismo psíquico não permite a participação na escolha de suas provas ou expiações, na nova romagem física, normalmente o livre-arbítrio é preservado. Todos nós, seres humanos, temos a possibilidade de escolher, acertar ou errar, avançar ou recuar. A liberdade que já conquistamos nas milhares de encarnações faculta-nos o ensejo de decidir. Decidir, porém arcando com o peso das conseqüências.
Há Espíritos que se posicionam mentalmente de forma reiterada na recusa psíquica a reencarnar. Acentuam esta posição à medida que se sentem retidos na malha fluídico-energética materna. Nos casos onde a dificuldade anterior de relacionamento era justamente com a mãe, a interpenetração energética entre ambos pode exacerbar a predisposição contrária ao renascimento. Acordam velhas emoções que dormiam embaladas pela canção do esquecimento.
Laços fluídicos que prendiam as emanações energéticas do perispírito da entidade reencarnante ao perispírito materno ou, já unidas, ao chacra genésico da futura mãe podem romper-se. Nos casos em que a gestação já se fazia em curso, e o fluido vital do embrião em desenvolvimento se fundia com o corpo espiritual em processo de miniaturização, a súbita e intensa revolta do Espírito pode determinar a ruptura definitiva das ligações, deixando o futuro feto sem o Espírito. Inviabiliza-se a gestação por falta do modelo organizador biológico.
Ocorre o processo do aborto tido como espontâneo, porém, na realidade, provocado pela recusa sistemática, enérgica e imatura do Espírito. Perde ele, assim, uma grande oportunidade para superar-se a si mesmo e avançar celeremente rumo à felicidade.

Ricardo di Bernardi. Reformador, dez. 1992.
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Não creais em todos os Espíritos

 


Meus bem-amados, não creais em qualquer Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. (S. JOÃO, Epístola 1a, cap. IV, v. 1.)

Os fenômenos espíritas, longe de abonarem os falsos Cristos e os falsos profetas, como a algumas pessoas apraz dizer, golpe mortal desferem neles. Não peçais ao Espiritismo prodígios, nem milagres, porquanto ele formalmente declara que os não opera. Do mesmo modo que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia revelaram as leis do inundo material, ele revela outras leis desconhecidas, as que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual, leis que, tanto quanto aquelas outras da Ciência, são leis da Natureza. Facultando a explicação de certa ordem de fenômenos incompreendidos até o presente, ele destrói o que ainda restava do domínio do maravilhoso. Quem, portanto, se sentisse tentado a lhe explorar em proveito próprio os fenômenos, fazendo-se passar por messias de Deus, não conseguiria abusar por muito tempo da credulidade alheia e seria logo desmascarado. Aliás, como já se tem dito, tais fenômenos, por si sós, nada provam: a missão se prova por efeitos morais, o que não é dado a qualquer um produzir. Esse um dos resultados do desenvolvimento da ciência espírita; pesquisando a causa de certos fenômenos, de sobre muitos mistérios levanta ela o véu. Só os que preferem a obscuridade à luz, têm interesse em combatê-la; mas, a verdade é como o Sol: dissipa os mais densos nevoeiros.

O Espiritismo revela outra categoria bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e tomam nomes venerados para, sob a máscara de que se cobrem, facilitarem a aceitação das mais singulares e absurdas idéias. Antes que se conhecessem as relações mediúnicas, eles atuavam de maneira menos ostensiva, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente, audiente ou falante. É considerável o número dos que, em diversas épocas, mas, sobretudo, nestes últimos tempos, se hão apresentado como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, sua mãe, e até como Deus. S. João adverte contra eles os homens, dizendo: "Meus bem-amados, não acrediteis em todo Espírito; mas, experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se tem levantado no mundo." O Espiritismo nos faculta os meios de experimentá-los, apontando os caracteres pelos quais se reconhecem os bons Espíritos, caracteres sempre morais, nunca materiais (1). É a maneira de se distinguirem dos maus os bons Espíritos que, principalmente, podem aplicar-se estas palavras de Jesus: ?Pelo fruto é que se reconhece a qualidade da árvore; uma árvore boa não pode produzir maus frutos, e uma árvore má não os pode produzir bons." Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como uma árvore pela qualidade dos seus frutos.

NOTA

(1) Ver, sobre a maneira de se distinguirem os Espíritos: O Livro dos Médiuns, 2a Parte, cap. XXIV e seguintes.


KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 21. Itens 6 e 7. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br.

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25 de dezembro de 2012

Oração no Transito

 

Senhor!
Compadece-te no mundo de quantos se utilizam às máquinas na própria condução.
Faze-lhes sentir que se é preciso prudência e serenidade para que a mente possa conservar-se em harmonia com o corpo físico que lhe serve de habitação, de mais serenidade e prudência, necessitará a criatura humana, a fim de se manter em equilíbrio sobre essa ou aquela engrenagem terrestre, nas quais o homem realmente permanece no controle de um corpo suplementado e muito maior.


XAVIER, Francisco Cândido. Recados do Além. Pelo Espírito Emmanuel. IDEAL. Capítulo 24.
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Porvir Inexorável

 

O indivíduo senciente deve manter como objetivo primacial da existência física a conquista dos valores eternos. Não obstante a consideração pelas conquistas contemporâneas, torna-se-lhe indispensável a compreensão da transitoriedade desses recursos e realizações.
O acúmulo de riquezas materiais proporciona-lhe conforto, não porém, felicidade. Esta é decorrência natural do auto-encontro responsável, graças ao qual se entrega à conquista de diferentes bens, por enquanto, desdenhados.
Somente através da reencarnação, compreendida e aplicada à vivência lúcida, é que poderá considerar o vazio da existência corporal, período este para a aprendizagem iluminativa e libertadora.
Assim considerada, a existência material deixa de ser uma sucessão de sofrimentos e incertezas para proporcionar os investimentos duradouros, que se transferem de uma para outra forma, no corpo ou além dele, porquanto, em qualquer circunstância, ninguém e apresentará fora da Vida.
A vida física se caracteriza pela busca do prazer, no entanto, este sempre se expressa acompanhado do sofrimento. Isto, porque, o próprio prazer gera o medo da sua descontinuidade, o que se transforma em aflição.
A manutenção do prazer estimula o egoísmo, a ambição, a arbitrariedade e seus sequazes criminosos.
Cultivando com acendrado interesse a ignorância, o homem distrai-se no relacionamento com amigos; armazena jóias e dinheiro, víveres e trajes; multiplica habitações e veículos, embora o seu corpo somente os possa usar um a um. Demais, advindo a morte, que é inevitável, vê-se constrangido a deixar tudo, levando apenas a si mesmo e com ele os atos impressos nos painéis da consciência.
Ninguém te condena por seres previdente; porém, a tua consciência te reprocha a ganância.
Pessoa alguma te fiscaliza a conduta gozadora; mas, a tua consciência te diz que isto não te basta.
Deus não te proíbe fruir dos bens, nem da vida; todavia, tua consciência, apesar de anestesiada, vez que outra desperta, assinalando a tua ilusão...
Descoberta a causa do sofrimento do senciente, que é a ignorância, o seu antídoto é, de logo, a sabedoria.
Clareia-te, assim, com as luzes da reencarnação e saberás conduzir a vida sem apego, sem desconsideração, descobrindo-lhe o vazio do mediato e aplicando parte do teu tempo na preparação do teu porvir eterno, que te espreita, e para o qual marchas inexoravelmente, quer o queiras ou não.

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Felicidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.
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O Guardião da Floresta

 

Naquela noite chovia muito. Mamãe Beija-Flor estava em seu ninho cuidando dos seus ovinhos. Estava próxima a chegada dos seus filhotinhos e ela estava muito contente.
De repente os ovinhos começaram a se partir e surgiram lindos passarinhos
Mamãe Beija-Flor acariciava seus filhotinhos quando percebeu que um deles era um pouco estranho. Ele era todo azul e tinha o bico branco. Mas estava contente mesmo assim, e cuidava de todos com o mesmo carinho.
O tempo foi passando... passando...
Todos os passarinhos da floresta zombavam da Mamãe Beija-Flor porque ela tinha um filhotinho esquisito. Ela não se importava porque amava muito a todos.
Aquele passarinho diferente era conhecido por todos como o Pássaro Azul. Ninguém queria brincar com ele, nem seus irmãos, porque ele era muito diferente. Ele se entristecia e pensava:
- Porque ninguém gosta de mim?
A mamãe Beija Flor o vendo chateado se aproximava e fazia-lhe carinho. Ele então esquecia tudo e ficava contente.
Certo dia estava perto do Grande Rio e percebeu que tinha algumas formiguinhas trabalhando, carregando folhinhas. Ele pensou:
- Eu acho que vou ajudá-las, vai ser divertido!
Pegou então uma folhinha com seu biquinho e colocou na entrada do formigueiro.
Vendo aquele passarinho estranho perto da sua morada, um monte de formigas se aproximou. Uma mais afoita disse:
- Que bicho esquisito, olha lá... Acho que ele quer tampar o formigueiro para morrermos sufocadas. Ele quer acabar com a gente. Vamos companheiras, ao ataque! E correram todas em sua direção.
Todas gritaravam em um só coro:
- Fora daqui pássaro malvado!
O Pássaro Azul voou rapidamente e pousou numa grande árvore. Sem entender o que se passou naquela hora, ficou pensativo:
- Porque elas queriam me machucar? Eu nada fiz, só desejava ajudar...
Ficou parado ali um bom tempo tentando chegar a uma conclusão.
Passaram-se alguns dias e ele, sempre sozinho, brincava na copa das árvores da floresta, quando percebeu que uma pequena largata andava distraída em um galho próximo.
- Puxa! Como ela é bonitinha, será que ela poderia ser minha amiguinha? Pensou...
Foi quando percebeu que ela estava em perigo. O galhinho estava se partindo e ela iria cair no chão.
Rapidamente voou, ficou embaixo do galho sustentando todo o peso com suas asas. Assim que ela conseguiu atravessar o galho se rompeu.
Dona Largata levou o maior susto. Vendo o passarinho por perto, começou a gritar:
- Você tentou me jogar no chão! Fora daqui, vai embora...
E o nosso amiguinho voou novamente para bem longe.
Pousou em uma pedra perto do Grande Rio e continuava pensando: por que todos me mandam embora, por que não gostam de mim?
Olhou para dentro do rio e percebeu que uma Joaninha estava quase se afogando.
Ela tentava desesperadamente subir em um tronco que estava boiando, mas tudo em vão.
Sem demora, o Pássaro Azul arremessou uma pedra que estava ao seu lado próximo da pequena joaninha criando assim uma ondulação na água.
Ela foi arremessada longe, caindo em terra firme.
Muito feliz por haver salvo a dona Joaninha, voou em sua direção e lhe perguntou:
- A senhora está bem?
Ainda meio atordoada do susto, Dona Joaninha, muito irritada lhe falou:
- Você tentou me matar atirando aquela pedra em mim, seu passarinho esquisito. Os habitantes da floresta correm muito perigo com você a solta. Vou correndo contar ao Conselho Maior tudo o que se passou. Temos de tomar providências...
O Conselho Maior que era representado pelos mais importantes habitantes da floresta foi convocado. Foi exigida a presença do Pássaro Azul, e todos os habitantes estavam lá para o seu julgamento.
O representante das Formigas pediu a palavra e acusou o Pássaro Azul de ter tentado entupir o formigueiro. A larva não se fez de rogada e falou que ele havia tentado jogá-la no chão. Dona Joaninha, encabeçando a lista de habitantes que se sentiam incomodados com a sua presença, fez uma série de acusações.
O Pássaro Azul ouvia a tudo sem dizer nada. Até que toda a assembléia começou a gritar:
- Fora daqui, fora daqui!
A decisão final foi unânime. Ele deveria sair da floresta. Seria obrigado a viver na Grande Rocha, sozinho.
O Pássaro Azul foi então em direção a sua nova casa. Ele estava sozinho e não podia mais entrar na floresta.
- Como vou fazer para me alimentar? Pensou e concluiu:
- Tenho de entrar na floresta e sair de forma que ninguém nunca me veja.
O tempo foi passando e ele sempre voltava à floresta, mas nunca deixava que ninguém percebesse sua presença. Quase sempre encontrava alguns animaizinhos em apuros e ajudava. Todos os habitantes da floresta percebiam que algo estranho acontecia. Algumas vezes apareciam frutos em lugares onde faltava alimento, filhotinhos que caiam das árvores e não se machucavam...
Como muita coisa boa acontecia com freqüência, criou-se entre os moradores da floresta a crença de que existia um anjo, um guardião que protegia a todos. Ele somente estava realizando seus prodígios agora que o Pássaro Azul não estava mais entre eles.
Todos estavam muito felizes e a paz reinou por longos anos. Todos acreditavam na bondade do Guardião da Floresta e muitos passaram a ajudar aqueles que tinham dificuldades em seu nome.
Certo dia, o Pássaro Azul já bem velhinho, saiu da caverna árida em que morava na Grande Rocha. E pousou nas margens do Grande Rio. Ficou ali muito tempo Quando ouviu uma voz suave lhe chamando:
- Pássaro Azul...
Tomou o maior susto porque ninguém poderia ver que ele estava ali.
Tentou rapidamente se esconder quando novamente ouviu:
- Não tenha medo...
Uma grande luz o envolveu naquele instante.
- Sou o Rei Dos Reis, aquele que construiu toda a floresta. Você está cansado. É hora de voltar para a casa e desfrutar das alegrias que conquistou.
- Mas, meu Rei, eles me expulsaram de lá, não posso mais voltar.
O Rei dos Reis em tom solene lhe ordenou:
- Olhe para o rio.
O Pássaro Azul olhou para a água. Foi a primeira vez em toda a sua vida que viu o seu reflexo. Muito espantado exclamou:
- Eu sou da cor do céu!...
- Compreende agora? Você é um pedaço do céu que eu permiti que fosse para a terra para ensinar a todos a fraternidade.
Neste momento, ele começou a chorar muito.
- Desculpe meu Rei, eu falhei. Ninguém se lembra de mim senão como um malfeitor.
- Sim, é verdade. Do Pássaro Azul ninguém mais se recordará, entretanto do Guardião da floresta, os séculos passarão e ele jamais será esquecido. Ele será sempre lembrado, não por sua forma e beleza, mas por suas atitudes de bondade.
- Mas ninguém sabe que fui eu! Exclamou o Pássaro Azul.
- Eu sei, e isso é o bastante. Falou o Rei dos Reis.Você foi fiel, agora venha para os meus braços.
E o Pássaro Azul, sentindo uma alegria imensa, voou em direção ao céu e desapareceu no horizonte.
Lá embaixo, na floresta, todos se sentiam felizes e amparados porque acreditavam que existia um anjo bom que cuidava deles. O respeito e admiração ao Guardião da Floresta desde então é passado de geração para geração.

DIAS, Robson. O Guardião da Floresta. Pelo Espírito Vovó Amália. FEB. Livro eletrônico gratuito em www.vovoamalia.com. Livrinho da Série "As Histórias que a Vovó Gosta de Contar".
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Aborto Delituoso

 

Nada que o justifique.
Infanticídio execrável, o aborto delituoso é cobarde processo de que se utilizam os espíritos fracos para desfazer-se da responsabilidade, incidindo em grave delito de que não poderão exonerar com facilidade.
Não obstante, em alguns países, na atualidade, o aborto sem causa justa - e como causa justa devemos considerar o aborto terapêutico, mediante cuja interferência médica se objetiva a salvação da vida orgânica da gestante - se encontre legalizado, produzindo inesperada estatística de alto índice, perante as leis naturais que regem a vida, continua a ser atentado criminoso contra um ser que se não pode defender, constituindo, por isso mesmo, dos mais nefandos atos de agressão à criatura humana...
Defensores insensatos do aborto delituoso, costumam alegar que nos primeiros meses nada existe, olvidando, que, em verdade, o tempo da fecundação é de somenos importância... A vida humana, em processo de crescimento, merece o mais alto respeito, desde que, com a sucessão dos dias, o feto estará transformado no homem ou na mulher, que tem direito à oportunidade da experiência carnal, por impositivo divino.
A ninguém é concedida a faculdade de interromper o fenômeno da vida, sem assumir penoso compromisso de que não se libertará sem pesado ônus...
Nenhum processo reencarnatório resulta da incidência casual de fatores que impelem os gametas à fecundação extemporânea. Se assim fora, resultaria permissível ao homem aceitar ou não a conjuntura.
Alega-se, também, que é medida salutar a legalização do aborto, em considerando que a sua prática criminosa é tão relevante, que a medida tornada aceita evita a morte de muitas mulheres temerosas que, em se negando à maternidade, se entregam a mãos inescrupulosas e caracteres sórdidos, que agem sem os cuidados necessários à preservação da saúde e da vida ...
Um crime, todavia, de maneira alguma justifica a sua legalização fazendo que desapareçam as razões do que o tornavam prática ilícita.
A vida é patrimônio divino que não pode ser levianamente malbaratado.
Desde que os homens se permitem a comunhão carnal é justo que se submetam ao tributo da responsabilidade do ato livremente aceito.
Toda ação que se pratica gera naturais reações que gravitam em torno do seu autor.
Examinando-se ainda a problemática do aborto legal, as leis são benignas quando a fecundação decorre da violência pelo estupro... Mesmo em tal caso, a expulsão do feto, pelo processo abortivo, de maneira nenhuma repara os danos já ocorridos...
Não raro, o Espírito que chega ao dorido regaço materno, através de circunstância tão ingrata, se transforma em floração de bênção sobre a cruz de agonias em que o coração feminil se esfacelou ...
A renúncia a si mesmo pela salvação de outra vida concede incomparáveis recursos de redenção para quem se tornou vítima da insidiosa trama do destino ...
Sucede, porém, que o sofredor inocente de agora está ressarcindo dívida, ascendendo pela rota da abnegação e do sacrifício aos páramos da felicidade.
Não ocorrem incidentes que estabeleçam nos quadros das Leis Divinas injustiça em relação a uns e exceção para com outros ...
O aborto, portanto, mesmo quando aceito e tornado legal nos estatutos humanos fere, violentamente, as Leis Divinas, continuando crime para quem o pratica ou a ele se permite submeter.
Legalizado, torna-se aceito, embora continue não moral.
*
Retornará à tentativa de recomeço na Terra o Espírito que foi impedido de renascer.
Talvez em circunstâncias mais grave para a abortista se dê o reencontro com aquele de quem gostaria de se libertar.
Vinculados por compromissos de inadiável regularização, imantam-se reciprocamente, dando início, quando o amor não os felicita, a longos processos de alienações cruéis e enfermidades outras de etiologia mui complexa.
Atende, assim, a vida, sob qualquer modalidade que se te manifeste.
No que diz respeito à porta libertadora da reencarnação, eleva-te, mediante a concessão da oportunidade dos Espíritos que te buscam, confiando em Deus, o Autor da Criação, mantendo a certeza de que se as aves dos céus e as flores do campo recebem carinhoso cuidado, mais valem os homens, não estando, portanto, à mercê do abandono ou da ausência dos socorros divinos.
Nada que abone ou escuse o homem pela prática do aborto delituoso, apesar do desvario moral que avassala a Terra e desnorteia as criaturas.
Todo filho é empréstimo sagrado que deve ser valorizado e melhorado pelo cinzel do amor dos pais, para oportuna devolução ao Genitor Celeste.
Não adies a tua elevação espiritual através da criminosa ação do aborto, mesmo que as dificuldades e aflições sejam o piso por onde seguem os teus pés ...
Toda ascensão impõe o encargo do sacrifício. O topo da subida, porém, responde com paz e beleza aos empecilhos que se sucedem na jornada. Chegarás à honra da paz, após a consciência liberada dos débitos e das culpas.
Matar, nunca!

FRANCO, Divaldo Pereira. Após a Tempestade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 12.
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Prece de Cárita

 

Deus, nosso Pai, que tendes poder e bondade, dai força àquele que passa pela provação, dai luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.
Senhor, que a Vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes.
Piedade, meu Deus, para aquele que Vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa bondade permita aos Espíritos consoladores derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé.
Deus, um raio de luz, uma centelha do Vosso amor pode iluminar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão; um só coração, um só pensamento, subirão até Vós, como um grito de reconhecimento e amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh! poder, oh! bondade, oh! beleza, oh! perfeição, e queremos de algum modo alcançar a Vossa misericórdia.
Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade que fará das nossas almas o espelho onde se deve refletir a Vossa imagem.

Anuário Espirita 2002. IDE. A Prece de Cárita original foi recebida no Natal de 1873, em Bordéus, França, pela médium Sra. W. Krell.
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Ante o Natal

 

A esperança se agiganta.
A Natureza se renova e brilha.
A passarada feliz.
Voa feliz, vibra e canta.
O berço pobre,
A estrela que rebrilha,
O jardim que encanta.
As flores brilham. Que maravilha!
É Jesus que vem de novo,
Falar de Deus ao coração do povo,
Com a sua palavra que reluz!
Saúdam-se os cristãos de toda a Terra,
É o domínio da paz, banindo a guerra!
É o Senhor! É Jesus.. Sempre Jesus!

Xavier, Francisco Cândido. Pelo Espírito Maria Dolores. Página recebida pelo médium Francisco C. Xavier - na noite de 9/10/1999 no Grupo Espírita da Prece, Uberaba-MG..
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24 de dezembro de 2012

Missão dos Profetas

 

Atribui-se comumente aos profetas o dom de adivinhar o futuro, de sorte que as palavras profecia e predição se tornaram sinônimas. No sentido evangélico, o vocábuloprofeta tem mais extensa significação. Diz-se de todo enviado de Deus com a missão de instruir os homens e de lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual. Pode, pois, um homem ser profeta, sem fazer predições. Aquela era a idéia dos judeus, ao tempo de Jesus. Daí vem que, quando o levaram à presença do sumo-sacerdote Caifás, os escribas e os anciães, reunidos, lhe cuspiram no rosto, lhe deram socos e bofetadas, dizendo: "Cristo, profetiza para nós e dize quem foi que te bateu." Entretanto, deu-se o caso de haver profetas que tiveram a presciência do futura, quer por intuição, quer por providencial revelação, a fim de transmitirem avisos aos homens. Tendo-se realizado os acontecimentos preditos, o dom de predizer o futuro foi considerado como um dos atributos da qualidade de profeta.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 21. Item 4. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br.
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Em Qualquer Circunstância

 

Nem sempre conseguirás o brilho pessoal a que aspiras.
Raramente chegarás a realizar todos os ideais superiores que te animam.
Muitas vezes, a harmonia em família parecer-te-á muito longe.
Não te sustentará sem problemas.
Quase impraticável andar na Terra sem que esse ou aquele companheiro se nos erija em teste de paciência e humildade.
Mas, em qualquer circunstância, podes esquecer o mal e fazer o bem.


XAVIER, Francisco Cândido. Recados do Além. Pelo Espírito Emmanuel. IDEAL. Capítulo 25.
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Possível e Impossível

 

Acalma-te e serve.
Não fizeste o Sol que te ilumina.
Não fabricaste o ar que respiras.
Não criaste o solo em que te apóias.
Não teceste a vestimenta das flores que te rodeiam.
Não pares de trabalhar.
A vida te pede o bem que se te faça possível.
O impossível virá de Deus.


XAVIER, Francisco Cândido. Recados do Além. Pelo Espírito Emmanuel. IDEAL. Capítulo 26.
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Imortalidade

 

Quando o suicida acordou no Mais Além, trazendo a chaga em sangue que abrira em si mesmo, gritou espantado para os Céus.
-Meu Deus, meu Deus, onde a morte em que entrei?
Uma voz, porém, lhe respondeu aos ouvidos da consciência profunda:
-Meu filho; sairás da morte, tantas vezes quantas forem necessárias, mas da vida, Jamais.

XAVIER, Francisco Cândido. Recados do Além. Pelo Espírito Emmanuel. IDEAL. Capítulo 28.
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O Pastor

 

O pastor aproximou-se do Divino Mestre e perguntou:
-Senhor, deste-me o rebanho para guardar... Que farei da ovelha doente, quando não possa seguir-nos?
-Carregarás a ovelha doente, junto de teu próprio coração, poupando-lhe esforço.
-E se a ovelha foge? Como proceder, quando vejo alguma a transviar- se, correndo para os matagais, como se nos detestasse o caminho? Devo deixar o rebanho, a fim de busca-la?
-Não te aflijas, respondeu-lhe o Senhor: Confia na Divina Providência. Se alguma ovelha fugir, não abandones o rebanho no intuito de procura-la. Segue com paciência para diante, porque Deus já te concedeu o servidor que a trará de volta.
-Quem, Senhor? Quem fará isto por mim?
O Mestre endereçou a todo o rebanho um sorriso de bênção e rematou:
-Não te esqueças de agradecer a tarefa que Deus reservou ao teu cão.


XAVIER, Francisco Cândido. Recados do Além. Pelo Espírito Emmanuel. IDEAL. Capítulo 27.
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Feliz Natal

 

Natal Feliz! Harmonias
Ressoam no céu aberto.
A paz é luz que vem perto,
Estrela oculta a brilhar!...
Comoventes melodias,
Anseios renovadores,
Alegrias, esplendores
No mundo familiar.
Cada expressão do caminho
Revela ternura imensa,
Retorna o clarão da crença,
Sublime, confortador...
É a pastoral do carinho,
Por mil vozes inocentes
Mensagens, flores, presentes,
Transitam plenos de amor.
Explodem brindes à mesa
No louvor que tumultua,
Vertem cânticos da rua,
Sempre música a surgir...
Em cada prece a beleza
Fulge nas almas do povo
Que espera o sol do porvir.
Há convite, onde apareças,
Ao prazer que vibra em casa,
Todo júbilo extravasa
Em profunda exaltação.
Entretanto, não te esqueças
De que o Natal doce e brando
É sempre Jesus chamando
Às portas do coração.

Pelo Espírito Irene S. Pinto
XAVIER, Francisco Cândido. Os Dois Maiores Amores. Espíritos Diversos. GEEM.
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O Nome de Jesus

 

Natal é a luz de Deus que nos alcança,
Em casa, triste mãe exclama, reverente:
"Jesus, salva meu filho infeliz e doente,
Em Ti, Senhor, é a nossa última esperança!..."
De vizinha mansão, ouve-se voz pungente:
"Jesus, rogo socorro!... Sei que a morte avança..."
"Jesus, cura meu pai!..." - dizia uma criança,
Mostrando o coração terno e inocente.
Um Juiz, num salão, consulta um livro e pensa:
"Que faria Jesus, lavrando esta sentença?..."
Jesus!... -Um nome só, em milhões de louvores!...
Pastor, que Deus nos concedeu para milênios!...
Natal é a gratidão ao mais sábio dos gênios,
Que nos conduz à paz e afasta as nossas dores.

Xavier, Francisco Cândido. Pelo Espírito Maria Dolores. Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, pela mediunidade auditiva, em Culto do Evangelho no Lar, em sua residência, na noite de 5 de setembro de 1996, em Uberaba, Minas Gerais.
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VERSOS DE NATAL II

 
Enquanto a glória do Natal se expande
Na alegria que explode e tumultua,
Lembra o Divino Amigo, além, na rua...
E repara a miséria escura e grande.
Aqui, reina o Palácio do Capricho
Que a louvores e júbilos se entrega,
Onde a prece ao Senhor é surda e cega
E onde o pão apodrece sobre o lixo.
Ali, ergue-se a Casa da Ventura,
Que guarda a fé por fúlgido tesouro,
Onde a imagem do Cristo, em prata e ouro,
Dorme trancada em cárceres de usura.
Além, é o Ninho da Felicidade
Que recorda Belém, cantando à mesa,
Mas, de portas cerradas à tristeza
Dos que choram de dor e de saudade.
Mais além, clamam sinos com voz pura:
- «Jesus nasceu! » - o Templo dos Felizes
Que não se voltam para as cicatrizes
Dos que gemem nas chagas de amargura...
Adiante, o Presépio erguido em trono
Louva o Rei Pequenino e Solitário,
Olvidando os herdeiros do Calvário
Sobre as cinzas dos catres de abandono.
De quando em quando, o Mestre, em companhia
Daqueles que padecem sede e fome,
Bate ao portal que lhe relembra o nome,
Mas em resposta encontra a noite fria.
E quem contemple a Terra que se ufana,
Ante o doce esplendor do Eterno Amigo,
Divisará, de novo, o quadro antigo:
- Cristo esmolando asilo na alma humana.
Natal!... O mundo é todo um lar festivo!...
Claros guizos no ar vibram em bando...
E Jesus continua procurando
A humilde manjedoura do amor vivo.
Natal! eis a Divina Redenção!...
Regozija-te e canta, renovado,
Mas não negues ao Mestre desprezado
A estalagem do próprio coração.

Pelo Espírito Cármen Cinira
XAVIER, Francisco Cândido. Instruções Psicofônicas. Espíritos Diversos. FEB. Capítulo 40.
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Versos de Natal

 

Revestiu-se para nós de grande alegria a parte final da nossa reunião de 9 de dezembro de 1954. Meimei ocupou as faculdades psicofônicas do médium e anunciou em voz clara:
Meus irmãos, Jesus nos abençoe.
Graças à Bondade Divina, nossas tarefas foram rematadas com a necessária segurança.
As melhoras dos nossos companheiros sofredores, assistidos nesta noite, serão progressivas continuando, assim, no aconchego de nossas organizações espirituais. Agora, solicitamos dos presentes alguns instantes de pensamentos amigos, tão entrelaçados quanto possível, em torno da memória de Jesus, para favorecermos a visita de nossa irmã Cármen Cinira, que algo nos falará, hoje, acerca do Natal. Afastou-se Meimei e a transfiguração do médium dá-nos a entender que outra entidade lhe tomava o equipamento. E, decorridos brevíssimos minutos, com um timbre de voz que nos soava harmoniosamente aos ouvidos, a poetisa Cármen Cinira, em versos encantadores e vibrantes, saúda o Natal que se aproxima, poesia essa que ela própria intitulou por:
 
 

Pelo Espírito Cármen Cinira
XAVIER, Francisco Cândido. Instruções Psicofônicas. Espíritos Diversos. FEB. Capítulo 40.
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22 de dezembro de 2012

Conversar

 

"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem." - Paulo. (EFÉSIOS, capítulo 4, versículo 29.)
O gosto de conversar retamente e as palestras edificantes caracterizam as relações de legítimo amor fraternal.
As almas que se compreendem, nesse ou naquele setor da atividade comum, estimam as conversações afetuosas e sábias, como escrínios vivos de Deus, que permutam, entre si, os valores mais preciosos.
A palavra precede todos os movimentos nobres da vida. Tece os ideais do amor, estimula a parte divina, desdobra a civilização, organiza famílias e povos.
Jesus legou o Evangelho ao mundo, conversando. E quantos atingem mais elevado plano de manifestação, prezam a palestra amorosa e esclarecedora.
Pela perda do gosto de conversar com alguém, pode o homem avaliar se está caindo ou se o amigo estaciona em desvios inesperados.
Todavia, além dos que se conservam em posição de superioridade, existem aqueles que desfiguram o dom sagrado do verbo, compelindo-o às maiores torpezas. São os amantes do ridículo, da zombaria, dos falsos costumes. A palavra, porém, é dádiva tão santa que, ainda aí, revela aos ouvintes corretos a qualidade do espírito que a insulta e desfigura, colocando- o, imediatamente, no baixo lugar que lhe compete nos quadros da vida.
Conversar é possibilidade sublime. Não relaxes, pois, essa concessão do Altíssimo, porque pela tua conversação serás conhecido.


XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 45.
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Irmão Gotuzo

 

( ... ) São trabalhos reencarnacionistas de ordem inferior mais difíceis e complexos.(*) ( ... ) Há verdadeira mobilização de inúmeros benfeitores sábios e piedosos, dos planos mais altos, que nos traçam as necessárias diretrizes. Por vezes surgem problemas torturantes no esforço de aproximação e ligação dos interessados ao ambiente em que serão recebidos, de tal modo deploráveis, que muito angustiosas para nós se fazem as situações, sendo imprescindível o concurso de elevado número de obreiros. Segue-se a reencarnação expiatória de inenarráveis padecimentos, pelas vibrações contundentes do ódio e das humilhações punitivas. Na esfera venturosa em que você habita, há institutos para considerar as sugestões da escolha pessoal. O livre-arbítrio, garantidor de créditos naturais, pode solicitar modificações e apresentar exigências justas, mas, aqui, as condições são diferentes ... Almas grosseiras e endividadas não podem ser atendidas em suas preferências acerca do próprio futuro, em virtude da ignorância deliberada em que se comprazem, indefinidamente, e, de acordo com aqueles que as tutelam da região superior, são compeli das a aceitar os roteiros estabelecidos pelas autoridades competentes para os seus casos individuais. Por nossa vez, somos executores das providências respectivas e constitui-nos obrigação vencer os mais extensos e escuros obstáculos. Nesses quadros de dor, vemos pais e mães que, instintivamente, repelem a influenciação dos filhinhos, antes do berço, dando pasto a discórdias sem nome, a antagonismos aparentemente injustificáveis, a moléstias indefiníveis, a abortos criminosos. Enquanto isso ocorre, os adversários que reencarnam, em obediência ao trabalho redentor, programado pelos mentores abnegados dessas personagens de dramas sombrios, com longa representação no cenário da existência humana, penetram o campo psíquico dos ex-inimigos e futuros progenitores, impondo-lhes sacrifícios intensos e quase insuportáveis.
(*) Nota - explicação sobre como são planejadas as reencarnações nos círculos de Espíritos mais devedores às Leis Divinas. - Nota da Editora.

XAVIER, Francisco Cândido. Obreiros da Vida Eterna. Pelo Espírito André Luiz. FEB.
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Prodígios dos Falsos Profetas

 

"Levantar-se-ão falsos Cristos e falsos profetas, que farão grandes prodígios e coisas de espantar, a ponto de seduzirem os próprios escolhidos." Estas palavras dão o verdadeiro sentido do termo prodígio. Na acepção teológica, os prodígios e os milagres são fenômenos excepcionais, fora das leis da Natureza. Sendo estas, exclusivamente, obra de Deus, pode ele, sem dúvida, derrogá-las, se lhe apraz; o simples bom senso, porém, diz que não é possível haja ele dado a seres inferiores e perversos um poder igual ao seu, nem, ainda menos, o direito de desfazer o que ele tenha feito. Semelhante princípio não no pode Jesus ter consagrado. Se, portanto, de acordo com o sentido que se atribui a essas palavras, o Espírito do mal tem o poder de fazer prodígios tais que os próprios escolhidos se deixem enganar, o resultado seria que, podendo fazer o que Deus faz, os prodígios e os milagres não são privilégio exclusivo dos enviados de Deus e nada provam, pois que nada distingue os milagres dos santos dos milagres do demônio. Necessário, então, se torna procurar um sentido mais racional para aquelas palavras.
Para o vulgo ignorante, todo fenômeno cuja causa é desconhecida passa por sobrenatural, maravilhoso e miraculoso; uma vez encontrada a causa, reconhece-se que o fenômeno, por muito extraordinário que pareça, mais não é do que aplicação de urna lei da Natureza. Assim, o círculo dos fatos sobrenaturais se restringe à medida que o da Ciência se alarga. Em todos os tempos, homens houve que exploraram, em proveito de suas ambições, de seus interesses e do seu anseio de dominação, certos conhecimentos que possuíam, a fim de alcançarem o prestígio de um pseudopoder sobre-humano, ou de Lima pretendida missão divina. São esses os falsos Cristos e falsos profetas. A difusão das luzes lhes aniquila o crédito, donde resulta que o número deles diminui à proporção que os homens se esclarecem. O fato de operar o que certas pessoas consideram prodígios não constitui, pois, sinal de uma missão divina, visto que pode resultar de conhecimento cuja aquisição está ao alcance de qualquer um, ou de faculdades orgânicas especiais, que o mais indigno não se acha inibido de possuir, tanto quanto o mais digno. O verdadeiro profeta se reconhece por mais sérios caracteres e exclusivamente morais.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 21. Item 5.
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Porque é Natal

 

Senhor,
A Tua voz é o som perfeito que me embala o ser, e que me faz ouvir o murmúrio tranqüilizante dos astros.
O Teu olhar é como o brilho solar, que me aquece a alma fria, marcada pelo desalento e pela desesperança, nessa dura marcha para a elevação.
As Tuas mãos representam para mim o divino apoio, amparo que me impede de tombar, fragilizado como estou, nos rumos em que me vejo, ante a necessidade de subir.
As Tuas pegadas indicam-me as trilhas por onde devo me orientar nessa ausência de bússola moral com o entorpecimento da ética, quando desejo ir ao encontro de Deus.
As Tuas instruções, Jesus Nazareno, mapeiam para mim o território da paz, ensejando-me clareza para que saiba onde me encontro e como estou, para que não me perca nessa ingente procura dos campos de amor e das fontes de paz.
Os Teus silêncios falam-me bem alto a respeito de tudo o que devo aprender e operar nos recônditos de minh'alma, aprendendo tanto a falar quanto a calar, sempre atuando na construção do mundo rico de fraternidade que almejamos.
Agora, quando me ponho a meditar sobre tudo isso, meu Senhor, desejo exalçar o Teu nome, por toda a minha omissão dos milênios afora, embora a Tua paciente e dúlcida presença junto a mim.
Já é Natal na Terra, Jesus!
E porque é o Teu Natal, busco em Tua luz desfazer as minhas sombras; procuro em Tua assistência superar minhas variadas necessidades; quero no Teu exemplo de trabalho atender os meus deveres.
Porque é o Teu Natal, anseio por achar na Tua força a coragem de superar os meus limites; desejo ver na Tua entrega total a Deus o reforço para minha fidelidade ao bem e, na Tua auto-doação à vida, anelo tornar-me um servidor; no culto do dever que Te trouxe ao mundo, quero honrar o meu trabalho.
No Teu Natal, que esparge claros jorros de amor sobre o planeta, quero abrigar-Te no imo do meu coração convertido numa lapa bem simples, para que possas nascer em mim, crescer em mim e atuar por mim.
E, na magia do Natal, vibro para que minhas ações permitam que o Teu formoso Reino logo mais possa alojar-se aqui, no mundo, e que cheio de júbilo n'alma eu possa dizer que Te amo, que Te busco e que Te quero seguir, apesar da simplicidade dos meus gestos e do pouco que tenho para dar-Te, meu doce Amigo, meu Senhor.

Teixeira, Raul. Pelo Espírito Ivan de Albuquerque. Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 24/09/2007, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ (fonte: www.feparana.com.br).
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Algo Mais no Natal

 

Senhor Jesus!
Diante do Natal, que te lembra a glória da manjedoura, nós te agradecemos:
a música da oração;
o regozijo da fé;
a mensagem de amor;
a alegria do lar;
o apelo à fraternidade;
o júbilo da esperança;
a bênção do trabalho;
a confiança no bem;
o tesouro de tua paz;
a palavra da Boa Nova
e a confiança no futuro!?
Entretanto oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais!?
Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade, para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!

XAVIER, Francisco Cândido. À Luz da Oração. Pelo Espírito Emmanuel. O Clarim.
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Ressonâncias do Natal

 

Na paisagem fria e sem melhor acolhimento, a única hospedaria à disposição era a gruta modesta onde se guardavam os animais.
Não havia outro lugar que O pudesse receber.
O mundo, repleto de problemas e de vidas inquietas, preocupava-se com os poderosos do momento e reservava distinções apenas para os que se refestelavam no luxo, bem como no prazer.
Aos simples e desataviados sempre se dedicavam a indiferença, o desrespeito, fechando-lhes as portas, dificultando-lhes os passos.
Mas hoje, tudo permanece quase que da mesma forma.
Não obstante, durante aquela noite de céu transparente e estrelado, entre os animais domésticos, em uma pequena baia, usada como berço acolhedor, nasceu Jesus, que transformou a estrebaria num cenário de luzes inapagáveis que prosseguem projetando claridade na noite demorada dos séculos, em quase dois mil anos...
Inaugurando a era da humildade e da renúncia, Jesus elegeu a simplicidade, a fim de ensinar engrandecimento íntimo como condição única para a felicidade real.
O Seu reino, que então se instalou naquela noite de harmonias cósmicas, permanece ensejando oportunidades de redenção a todos quantos se resolvam abrigar nas suas dependências.
E o Seu nascimento modesto continua produzindo ressonâncias históricas, antes jamais previstas.
Homens e mulheres, que tomaram contato com Sua notícia e mensagem, transformaram-se, mudando-se-lhes o roteiro de vida e o comportamento, convertendo-se, a partir de então, em luzeiros que apontam rumos felizes para a Humanidade.
*
Guerreiros triunfadores passaram pelo mundo desde aquela época, inumeráveis.
Governantes poderosos estabeleceram reinos e impérios, que pareciam preparados para a eternidade, e ruíram dolorosamente.
Artistas e técnicos, de rara beleza e profundo conhecimento, criaram formas e aparelhagens sofisticadas para tornarem a Terra melhor, e desapareceram.
Ditadores indomáveis e aristocratas incomuns surgiram no proscênio terrestre, envergando posição, orgulho e superioridade, que o túmulo silenciou.
...Estiveram, por algum tempo, deixando suas pegadas fortes, que tornaram alguns odiados, outros rechaçados e sob o desprezo das gerações posteriores.
Jesus, porém, foi diferente.
Incompreendido, o Cantor do Amor aceitou a cruz, para não anuir com o crime, e abraçou a morte para não se mancomunar com os mortos.
Por isso, ressurgiu, em triunfo e grandeza, permanecendo o Ser mais perfeito que jamais esteve na Terra, como modelo que Deus nos ofereceu para Guia.
*
Quando a Humanidade experimenta dores superlativas, quando a miséria sócio-econômica assassina milhões de vidas que estertoram ao abandono; quando enfermidades cruéis demonstram afragilidade orgânica das criaturas; quando a violência enlouquece e mata; quando os tóxicos arruinam largas faixas da juventude mundial, ao lado de outros males que atestam a falência do materialismo, ressurge a figura impoluta de Jesus, convidando à reflexão, ao amor e à paz, enquanto as ressonâncias do Seu Natal falam em silêncio: Ele, que tem salvo vidas incontáveis, pede para que tentes fazer algo, amando e libertando do erro pelo menos uma pessoa.
Lembrando-te dEle, na noite de Natal, reparte bondade, insculpe-O no coração e na mente, a fim de que jamais te separes dEle.

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos Enriquecedores. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.
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16 de dezembro de 2012

O Pastor

 


O pastor aproximou-se do Divino Mestre e perguntou:

-Senhor, deste-me o rebanho para guardar... Que farei da ovelha doente, quando não possa seguir-nos?

-Carregarás a ovelha doente, junto de teu próprio coração, poupando-lhe esforço.

-E se a ovelha foge? Como proceder, quando vejo alguma a transviar- se, correndo para os matagais, como se nos detestasse o caminho? Devo deixar o rebanho, a fim de busca-la?

-Não te aflijas, respondeu-lhe o Senhor: Confia na Divina Providência. Se alguma ovelha fugir, não abandones o rebanho no intuito de procura-la. Segue com paciência para diante, porque Deus já te concedeu o servidor que a trará de volta.

-Quem, Senhor? Quem fará isto por mim?

O Mestre endereçou a todo o rebanho um sorriso de bênção e rematou:

-Não te esqueças de agradecer a tarefa que Deus reservou ao teu cão.




XAVIER, Francisco Cândido. Recados do Além. Pelo Espírito Emmanuel. IDEAL. Capítulo 27.

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Benfeitora

 

Floresce, espontânea, em toda parte, independendo dos fatores que lhe propiciam o desabrochar.
Inesperadamente aparece nos solos áridos, nos quais os sentimentos não medram.
Nas terras encharcadas da emotividade abundante, também surge sem qualquer programação...
Sua presença é percebida, logo de início, convidando à atenção que nela se fixa, a partir desse momento.
Detestada, não teme reações, tornando o seu apelo mais forte.
Aceita, diminui a agudeza dos seus efeitos, suavizando-os.
Estudada por teóricos e práticos, todos se lhe referem de maneira variada, sem chegarem a uma conclusão unânime.
A verdade, porém, é que se faz conhecida sempre, e ninguém pode impedir-lhe a presença.
Depois que encerra um ciclo, prepara, para um novo cometimento, a sua oportuna aparição.
Nenhum recurso a impede, porque, por enquanto, ela é a única maneira de conduzir o homem na conquista dos altos Cimos da Vida, desde que o amor não logre fazê-lo.
Essa flor abençoada, que surge nos terrenos de todas as vidas, é a dor.
Este homem padece de injunções sócio-econômicas e tem a alma em desalinho.
Aquele experimenta a abundância de valores amoedados e sofre a solidão afetiva que o dinheiro não pode comprar.
Esse, arde nas brasas do desejo, insatisfeito, e, lasso, entrega-se ao frenesi da promiscuidade.
Estoutro, esgrime o ódio e sofre-lhe a rebeldia dilacerante nos tecidos íntimos do ser.
Aqueloutro caminha chancelado pelas etiquetas das patologias cruéis.
Uns definham nas garras afiadas de enfermidades irreversíveis.
Outros derrapam em alucinações inimagináveis...
Todos, porem, sofrendo a constrição das dores de variada expressão, amargurando, lapidando, despertando para novos valores da vida, que permanecem desprezados.
A dor é benfeitora anônima, que a todos visita.
Cessados os seus efeitos perturbadores, quantas conquistas morais e espirituais!
Os prepotentes, que a desconsideram, não chegam ao termo da jornada, sem experimentar-lhe a companhia.
Os ingratos, que se supõem felizes, não lhe fogem à presença.
Os orgulhosos, que a desprezam, considerando-se inatingíveis, encontram-na adiante...
Ela verga toda cerviz e submete, sem exceção, todas criaturas.
O seu cerco é invencível e ela sai-se sempre vencedora.
É instrumento da Lei, que o próprio homem vitaliza e necessita.
Tu, que conheces Jesus, recebe essa benfeitora, sem rebeldia.
Não se trata de masoquismo, mas, sim, da inevitabilidade de sofrer, transformando esse estado em formosa aquisição de bênçãos.
Hás os testemunhos à fé e os resgates que procedem do passado.
Seja qual for o motivo, transforma-o em oportunidade iluminativa, porque estás, na Terra, para crescer e evoluir, adquirindo experiências de profundidade.
A dor, que a muitos amesquinha, envilece e atordoa, deve constituir-te estímulo para a grande vitória sobre ti mesmo.
Não te preocupes com mais nada, e, sob o seu jugo, confiante, avança com a dor até conseguires o teu momento de plena libertação.

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Felicidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.
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